Vivemos em constante comunicação — mas quase nunca de forma profunda. Nesse contexto, o fortalecimento do vínculo humano torna-se um grande diferencial.
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Vivemos em constante comunicação — mas quase nunca de forma profunda. Nesse contexto, o fortalecimento do vínculo humano torna-se um grande diferencial.
Em tempos de hiperconectividade, na qual interações se dão por e-mails, mensagens instantâneas e videoconferências, os encontros presenciais podem parecer dispensáveis. Mas não são. No campo da assessoria de imprensa — atividade que lida diretamente com a construção de relacionamento, reputação, confiança e timing — a presença física continua sendo uma ferramenta estratégica de alto valor. E isso fica ainda mais evidente com o surgimento de novos conceitos, como o de saúde social.
No dia a dia, costumamos priorizar a eficiência: aplicativos prometem otimizar a produtividade e a IA generativa já é capaz de redigir textos complexos em segundos. No entanto, há um risco crescente — o enfraquecimento do vínculo humano.
Não à toa, especialistas em saúde mental e comportamento social vêm alertando para os impactos da hiperconectividade tanto na vida cotidiana quanto no mundo dos negócios.
“Os aplicativos e redes sociais que usamos no dia a dia estão nos ajudando a nos conectar de forma significativa ou apenas nos mantendo ocupados?”, provocou Kasley Killam, em sua palestra no SXSW (South by Southwest, um dos maiores festivais do mundo voltados para inovação, tecnologia, cinema, música e cultura).
Formada em ciências sociais por Harvard e especialista em conexões humanas, Killam defende que a construção de relacionamentos concretos está diretamente ligada à saúde física, mental e ao desempenho profissional.
A ausência de vínculos reais pode comprometer a produtividade, afetar a capacidade de inovação e reduzir a criatividade — justamente três qualidades essenciais para um assessor de imprensa que precisa antecipar cenários e propor soluções.
É nesse contexto que Killam aposta: a próxima grande revolução será a saúde social. E essa previsão tem respaldo em números. Atualmente, a indústria global de saúde mental é avaliada em US$ 380 bilhões — com expectativa de atingir US$ 530 bilhões até 2030.
Em um ambiente de negócios cada vez mais acelerado e digitalizado, em que entregas automatizadas se multiplicam, o “capital relacional” torna-se altamente valioso. Os momentos de presença permitem alinhar expectativas, gerar confiança e construir planos mais consistentes.
Encontros presenciais não são custo, mas investimento.
É nos cafés informais com jornalistas, nas visitas às redações e nas reuniões presenciais com clientes que surgem os melhores insights. São esses encontros que revelam preocupações que não apareceriam por e-mail, contextos que não estão no release ou oportunidades de pauta que só emergem numa conversa olho no olho.
Além disso, o contato direto facilita ajustes rápidos, previne ruídos e torna a gestão de situações sensíveis mais eficaz. Nessas trocas, mais do que distribuir informação, o assessor de imprensa escuta, lê entrelinhas e compreende o que está — ou não está — sendo dito. Algo essencial em tempos de excesso de mensagens e falta de entendimento.
Segundo o estudo da We Are Social e Hootsuite (2023), o Brasil é um dos países com maior tempo de tela do mundo — são, em média, 9 horas e 32 minutos por dia em dispositivos móveis. E esse padrão está longe de ser inofensivo: contribui para quadros como ansiedade, insônia e até isolamento social.
FOMO, FOLO e nomofobia — transtornos ligados ao medo de estar desconectado ou de perder algo online — vêm se tornando comuns, afetando diretamente a capacidade de manter relações reais, profundas e duradouras. Isso repercute no trabalho, especialmente em áreas que se baseiam em relações de confiança, como a comunicação corporativa.
Na assessoria de imprensa, esse cenário exige atenção redobrada.
Manter a saúde social — com a construção de relacionamentos sólidos e verdadeiros — é um dos maiores diferenciais de um bom assessor. E isso vale tanto para o lado externo — com jornalistas, influenciadores e formadores de opinião — quanto para o lado interno, com os clientes e suas equipes.
Afinal, a confiança não se consolida apenas com entregas técnicas ou relatórios mensais. Ela é construída no detalhe: no tom de voz, na linguagem corporal, na escuta ativa que um encontro ao vivo proporciona.
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